A pré-candidatura coletiva da Bancada Feminista do PSOL surgiu da soma de cinco mulheres que, apoiadas em sua diversidade, pretendem seguir defendendo na Câmara Municipal de São Paulo as bandeiras feministas. As trajetórias de cada pré-cocandidata são bem distintas: Silvia Ferraro, mãe, professora e candidata ao Senado em 2018; Paula Nunes, advogada e militante do movimento negro; Carolina Iara, mulher negra, trans, intersexo e trabalhadora da saúde; Dafne Sena, ecossocialista e trabalhadora de aplicativo; e Natália, mulher negra e ecossocialista. Todas estiveram nas mobilizações do #EleNão e militam diariamente em suas pautas, encontrando-se no feminismo. A Bancada Feminista do PSOL pretende romper com a lógica personalista e messiânica da política tradicional através desta pré-candidatura coletiva. Somos mulheres de todas as lutas! Queremos defender e ampliar direitos para mulheres, população negra, LGBTQIA+ na cidade. Será através da diversidade de nossas trajetória de vida e luta que construiremos nossa força para enfrentar o conservadorismo e o neofascismo. Nossa concepção de feminismo está pautada nessa diversidade.
Projetos prioritários
São Paulo para a maioria: dignidade para quem faz a cidade acontecer!
Uma existência digna para o nosso povo é ter direito a respirar, mas também a viver plenamente. Queremos inverter o jogo da desigualdade em São Paulo. Quem constrói a cidade todos os dias trabalhando, cuidando das crianças, dos idosos, dos doentes e das comunidades, se deslocando muitas horas e quilômetros por dia para ter o que comer e pagar aluguel, deve ter direitos plenos ao trabalho e à renda. Durante a pandemia, enquanto as desigualdades raciais, territoriais, sexuais e de gênero aumentaram, as mulheres negras, as lideranças periféricas, os trabalhadores da linha de frente lutaram pelas nossas vidas. Por isso, queremos aprovar a renda básica paulistana e lutar pela valorização dos trabalhadores e dos serviços públicos.
Povo negro vivo
A realidade brutal e histórica de violência contra o povo negro e periférico grita nas estatísticas: os bairros mais negros são aqueles com os piores índices de renda, equipamentos públicos, de mobilidade, de saneamento. Ao mesmo tempo, são os primeiros nas estatísticas de genocídio de jovens negros e nas mortes pela covid-19. A defesa do SUS e de um outro modelo de segurança pública são bandeiras fundamentais pela vida de negras e negros. Temos um compromisso intransigente no combate ao racismo estrutural que opera nos territórios. Por isso, o investimento em educação pública, na aplicação da Lei 10.639 nas escolas municipais, e na produção de arte e cultura nas quebradas de todas as regiões da cidade. São os coletivos da ponta, com o pé no chão dos bairros, que devem decidir sobre a distribuição do orçamento do município - só assim a política de cultura será verdadeiramente pública, popular e antirracista.
Uma cidade para as LGBTI+
As LGBTI+ não tem seus corpos e suas histórias exterminadas pela violência cisheteronormativa no espaço da cidade. Muitas são expulsas jovens de casa, deixam de frequentar a escola. As mulheres trans são submetidas à prostituição coercitiva e à situação de rua. Garantir educação, renda, trabalho, moradia, saúde, cultura e plena cidadania para a população LGBTI+ é um compromisso prioritário da Bancada Feminista do PSOL. A defesa das vidas LGBTI+ é urgente para lutar contra os ataques fundamentalistas de extrema direita. Direito à cidade é o direito à diversidade viva e plena.
Justiça socioambiental
O desequilíbrio entre a cidade e a natureza é uma urgência do presente e do futuro da sobrevivência humana. Para combater a crise climática, outra matriz energética para a infraestrutura e mobilidade urbana é fundamental. A ampliação de áreas verdes e parques está ligada a vários outros direitos, como saúde, cultura e lazer, a uma vida de bem estar e felicidade para maioria. O racismo ambiental funciona a partir da valorização imobiliária que expulsa o povo negro e pobre para as beiras de córregos, rios e mananciais. É necessário proteger as áreas de mananciais e utilizar os imóveis ociosos em regiões com concentração de equipamentos públicos para moradia popular. Nas periferias, vamos defender a construção de hortas comunitárias em todo o território e alimentos orgânicos da reforma agrária nas merendas escolares, para combater a fome e avançar na autonomia e soberania alimentar.
São Paulo das mulheres
Ao mesmo tempo em que são as principais responsáveis na linha de frente da pandemia, as mulheres foram mais violentadas, estupradas e assassinadas nesse período. Isso só revela a necessidade de um plano emergencial pela vida das mulheres trabalhadoras, mães, negras, trans. O atendimento intersetorial que corresponda de fato às necessidades daquelas que correm risco de vida por seus agressores. Política de moradia, trabalho e renda para que as mulheres e seus filhos tenham segurança de verdade. Do mesmo modo, é preciso pensar na ampliação dos direitos reprodutivos: hospitais e unidades de saúde especializada, creches públicas com gestão direta, participação comunitária e horários alternativos para mães que trabalham e estudam.
Sobre mim
Silvia Ferraro - Professora de História da rede municipal de ensino, mãe, feminista, da frente Povo Sem Medo. Começou no movimento estudantil, na Pastoral da Juventude e nas Comunidades Eclesiais de Base. Foi candidata do PSOL ao Senado em 2018. Paula Nunes - Ativista do movimento Afronte. Participa da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo e ajudou outros grupos como a Coalizão Negra por Direitos e o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra. É advogada criminalista formada na PUC-SP. Carolina Iara - Travesti, intersexo, negra e vive com HIV/aids. Mestranda em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC, é assistente de políticas públicas da Secretaria Municipal de Saúde, militante da Rede de Jovens São Paulo Positivo e da Associação Brasileira Intersexo. Dafne Sena - Trabalhadora de aplicativos, militante ecossocialista, vegana, e integra a Coordenação Estadual da Setorial Ecossocialista do PSOL. Advogada criminalista de formação, é do Fórum Popular da Natureza. Natália Chaves - Militante ecossocialista, vegana por um veganismo popular e integrante da Coordenação Estadual da Setorial Ecossocialista do PSOL. Formada em Letras, é tradutora, e contribui com a Revista Jacobin.
CNPJ da campanha: 38.572.356/0001-72
Transparência
O que são os comprovantes?
O candidato(a) registra todas suas doações em um cartório cívico digital, para comprovar e manter a autenticidade da sua doação. *Essa rede de informações é vinculada à uma das mais seguras e confiáveis do mundo, que é a blockchain do DECRED. Esses números são a referência sobre as doações realizadas.
Por que isso é importante?
As doações eleitorais são muito importantes para construção de projetos políticos. Porém, é fundamental que as plataformas de financiamento coletivo, sociedade e o TSE tenham garantias que as informações ofereçam integridade e confiabilidade de maneira descentralizada para garantir controle social.
Por isso a candidatura da(o) Bancada Feminista do PSOL, do PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE, está registrando todas suas doações financeiras, para comprovar a integridade e honestidade do processo de captação de recursos.